Não sou muito de fazer planos e metas em final/virada de ano, prefiro ir planejando quando os atuais planos expiram, sejam porque falharam ou porque se concretizaram.
Talvez o único plano que sempre expire na virada do ano é sobre a quantidade de livros que eu gostaria de ler no próximo período de 12 meses. Nos últimos 4 anos tem sido assim: virou o ano? Meta de livros estabelecida.
Por começar a rastrear esse tipo de coisa, consegui fazer observações interessantes sobre o que leio, como, por exemplo, o fato de que desde 2010 venho aumentando a quantidade de livros lidos ao ano. Isso me deixa feliz.
Quando faço uma análise do ano que passou e da quantidade de tempo que dediquei à leitura, sinto que há espaço para aumentar o número livros lidos, por exemplo.
Contudo, a decisão mais produtiva em relação às minhas observações é em relação a que tipo de livro me proponho a ler. Vi que de 2012 a 2014 eu lia livros de uma maneira mais reativa e não pró-ativa. Em outras palavras, eu lia o que aparecia para ler, seja por alguma indicação de pessoas próximas ou que por algum motivo apareceu em minhas redes sociais. Alguns foram livros fantásticos, mas outros talvez fossem melhor aproveitados num momento diferente.
Isso me trouxe algumas preocupações, especialmente a possibilidade de estar apenas reforçando minha bolha social, tanto digital como de relacionamentos reais, com as minhas leituras.
A maneira que decidi para resolver esse problema foi planejar os livros de antemão. Porém, escolher exatamente cada livro para ler no ano é uma decisão muito propensa a erro e bem limitante, não quero perder a liberdade de ler algo por indicação ou porque ganhei um livro diferente, por exemplo. Adoro os efeitos do acaso e eliminá-lo definitivamente não é uma opção.
As atitudes que tomei foi estabelecer previamente características dos livros que eu gostaria de ler no ano que estava começando. O fato é que eu escrevo regras num caderninho.
Então, segue a lista 2017:
Somente metade de livros lidos podem ser sobre tecnologia;
Pelo menos um livro escrito por uma mulher;
Pelo menos um escrito por uma pessoa brasileira;
Um sobre história;
Um clássico;
Um livro com mais de 600 páginas;
Pelo menos um sobre filosofia ou psicologia;
Pelo menos um livro escrito por uma pessoa negra;
Um livro que você eu tenha comprado a muito tempo e ainda não li;
Um livro que tenha virado filme ou serie;
Um livro que esta todo mundo falando;
Um livro que você eu tenha comprado a muito tempo e ainda não li;
Um livro que tenha virado filme ou serie;
Um livro que esta todo mundo falando;
Em negrito estão as regras novas ou de alguma maneira mudadas se comparadas às de 2016.
Importante notar também que tenho uma meta em relação à quantidade de livros que quero ler, mas decidi não colocar aqui. Não que essa informação seja secreta, nada disso. A questão é que a quantidade de livros que lemos talvez seja a meta de menor importância. Acredito que esse número deva ser algo individual. Você acha relatos na internet de pessoas que dizem ter lido um por dia. Isso mesmo, 365 livros. Conheço pessoas que leram 80 livros no ano passado e outras que leram 2. O número, seja ele 300, 80 ou 2, não importa muito, cada um tem sua velocidade de leitura e investe o tempo que quer e pode nisso, o importante é ler.
Tornar a minha relação com os livros pública me fez ter mais consciência das coisas que entraram em contato comigo, e mais consciência de mim mesma, do que me toca, do que procuro, e de quem estou sendo. Acredito que isso seja fruto da minha proposta de se concentrar em contar da experiência, e ter pouco compromisso com uma escrita de resenhas, resumos, ou sinopses. Precisei falar de mim pra dizer o que experimentei, numa atitude que não fosse de julgamento ou opinativa.
Tornar a minha relação com os livros pública me fez ter mais consciência das coisas que entraram em contato comigo, e mais consciência de mim mesma, do que me toca, do que procuro, e de quem estou sendo. Acredito que isso seja fruto da minha proposta de se concentrar em contar da experiência, e ter pouco compromisso com uma escrita de resenhas, resumos, ou sinopses. Precisei falar de mim pra dizer o que experimentei, numa atitude que não fosse de julgamento ou opinativa.
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