Sierra Burgess is a Loser - Crítica

Sierra Burgess É Uma Loser chega para complementar a nova geração de comédias românticas da Netflix, no entanto, será que o filme cumpre o que promete? Adaptado da peça Cyrano de Bergerac e dirigido por Ian Samuels, a trama acompanha Sierra (Shannon Purser), uma adolescente muito inteligente, determinada e perspicaz, mas ao contrário das demais garotas do colégio, ela não é nenhum pouco ligada à vaidade, o que a torna alvo de chacota pelos corredores, especialmente de Verônica, a garota mais bonita da escola e popular entre os rapazes.
Sinopse: Um dia, um garoto chamado Jamey (Noah Centíneo) fica extremamente interessado nela e resolve tentar uma chance, porém ao invés de dar o seu telefone, ironicamente, Verônica entrega o número de Sierra ao garoto, fazendo os dois trocarem mensagens. A verdade é que Sierra logo descobre toda a verdade, mas opta por manter a mentira e fingir ser Verônica, uma vez que se apaixonou virtualmente pelo rapaz. Mas, como manter essa farsa? Assim, as duas acabam juntando o útil ao agradável, transformando essa confusão em um romance inesperado e uma amizade surpresa.

Eu estava com saudade desse estilo de filme. Parece que de uns tempos para cá a indústria cinematográfica ficou saturada de agradar os adolescentes, que viviam mais com seus celulares do que realmente indo aos cinemas e o gênero ficou muito defasado.

Com o crescente da Netflix, se utilizando dos dados online e em tempo real do que mais atraía os espectadores, muitas coisas foram repensadas e fora os filmes de super-heróis e alguns mais voltados para o drama ou terror, os lançamentos da Netflix para “filmes de sessão da tarde” são os melhores.

Sierra Burgess é uma Loser trata de tuuuudo que mais gostamos de ver: as patricinhas, o bullying, relação parental, mudanças quando dois mundos colidem é amor jovem. Juntando a era da comunicação online, temos o nosso sucessinho.

Levem esse ensinamento pra vida: não julgue as pessoas. Nem pro bem e nem pro mal. Certos comportamentos só entendemos com alguma história ou análise aprofundada da vida dos outros. Empatia é a palavra, galera!


A atriz Shannon Purser é um talento para ser reconhecido. Sua rápida participação na série Stranger Things e seu Emmy pelo papel da personagem Barb podem ter sido apressados mas como Sierra Burgess, ela entrega uma atuação carismática e realmente impressionante.

O roteiro do filme escrito por Lindsey Beer é cuspido e escarrado nas comédias dos anos 80 e 90 que fizeram sucesso nessas épocas. Temos todos os grupos que compõem uma produção típica do gênero, com uma nerd isolada, a garota popular e suas seguidoras, o melhor amigo que a protagonista não dá muita bola, o atleta bonitão e tudo mais, mas aqui, o filme acaba por envolvê-los com novas camadas, onde eles (como sua protagonista) são bem mais do que isso.

Mesmo com uma trilha sonora super nostálgica, que zero combina com realidade do filme e até nos deixa um pouco confusos no período em que Sierra Burgess é Uma Loser se passa, a produção acaba por acertar em contar uma história de amadurecimento e aceitação super bacana.

Uma coisa que senti falta nesse filme, foi comédia. Ele é fofo, mas falta aquele alívio cômico que nos faz gargalhar mesmo sem querer. Considerá-lo comédia romântica nem dá!

No geral, é aquele filme para você que se sente deslocado, para você que é popular mas sabe que a sua vida é mais que isso, para quem não se cansou de Noah (eu, eu, eu!) e também aquele filme para dar um alívio em toda a correria da vida, todo o drama adolescente e adulto em que vivemos e mais um para mostrar o poder cinematográfico e de dominação mundial da Netflix.

Beijos, JR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estou feliz de te ver por aqui!

INSTAGRAM FEED

@jackeline.roque