Resenha - Amityville Jay Anson

Como começar a falar desse livro?

Confesso que esperei muito da história e em certo ponto me decepcionei um pouco. O livro publicado com o título Horror em Amityville (The Amityville Horror), do escritor Jay Anson, explora um dos casos de casa mal-assombrada mais conhecidos dos Estados Unidos, que mesmo depois de todos esses anos – foi publicado pela primeira vez em 1977 –, ainda deixa alguns leitores intrigados e curiosos para saber o que realmente aconteceu e o que foi imaginado na casa em que a família Lutz morou.

A proposta de Jay Anson foi a de relatar como foi a experiência de George Lutz e Kathy Lutz, durante o tempo em que moraram - praticamente 28 dias exatos - na casa localizada na Ocean Avenue, 112, que ficou popularmente conhecida pelo nome do livro.

Apesar de ter achado o livro chato em algumas partes, em algumas cenas parecem muito forçadas para fazer com que acreditemos no que aconteceu. Por outro lado, o livro tem seus problemas como o amigo imaginário da filha cacuça Missy - Jodie (o porco), onde só vão relacionar isso com os eventos na casa bem depois - bem clichê.

Mesmo não gostando de algumas coisas, Amityville virou um clássico por assustar e por contar uma história de certa forma verídica. John Nicola fala sobre as diferentes perspectivas que as pessoas têm sobre os casos e lembra que investigador de casos psíquicos podem atestar que casos como o da família Lutz não são atípicos. “O sábio sabe que ele não sabe – e o prudente respeita o que não controla”, lembra o religioso.

O caso de Amityville atraiu a atenção da mídia, mas de acordo com Jay Anson, foi para o escritor que a família Lutz decidiu revelar sua história completa. Desde o primeiro dia de George Lutz na casa, ele já sabia dos assassinatos que acontecera ali – Ronald DeFeo matou os pais e os irmãos. Com o histórico do imóvel, George conseguiu comprar a casa por um preço mais em conta do que realmente valia. Enquanto DeFeo tentou alegar insanidade e alegou que escutara vozes pedindo para que ele matasse a família, o psiquiatra da acusação provou que Ronald sofria de transtorno de personalidade antissocial, mais conhecido como sociopatia.

Alguns momentos no livro aconteceram de forma muito rápida e alguns parágrafos acabaram ficando desconexos, como se parágrafos e informações intermediárias tivessem sido extraídas. Toda essa normalidade do dia a dia da família é quebrada pelos supostos fenômenos sobrenaturais. Pessoas com a sensibilidade desenvolvida sabem que muitos dos acontecimentos podem ter acontecido. O próprio casal de investigadores Ed Warren (demonologista) e Lorraine Warren (clarividente) descreve em seus livros um pouco sobre o caso de Amityville e junto com outros investigadores paranormais, eles foram convidados a visitarem a casa e fazerem um levantamento – este episódio foi descrito no epílogo da obra.

Levando em conta os diferentes estágios de atividades demoníacas, as experiências em Amityville só não ficaram mais intensas porque a família se mudou da casa, pois eles já estavam sofrendo com a opressão: segundo Ed e Lorraine Warren, quanto mais fragilizados, mais essas pessoas estão suscetíveis a serem possuídas por seres inumanos (demônios). Segundo Ed e Lorraine Warren, o padre Mancuso e uma vidente que visitou a casa, George Lutz e a família corriam perigo. O fato de eles terem deixado tudo para trás e se mudado é um dos argumentos usados por Jay Anson como 'prova' de que as vítimas não tinham interesses financeiros. 
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